O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou hoje a taxa Selic em 1 ponto percentual, passando de 11,25% para 12,25% ao ano. Este é o maior aumento desde fevereiro de 2022.
A decisão foi influenciada por fatores como a alta do dólar, que recentemente ultrapassou R$ 6,00, e a inflação acima da meta estabelecida para 2024. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou alta de 4,87% nos últimos 12 meses, superando o teto da meta de 4,5%.
O aumento da Selic visa conter a demanda aquecida, encarecendo o crédito e estimulando a poupança, com o objetivo de controlar a inflação. No entanto, essa medida também pode impactar negativamente o consumo e os investimentos, afetando o crescimento econômico.
Entidades como a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) expressaram preocupação, afirmando que a elevação restringe o crédito e reduz o poder de compra dos consumidores, podendo levar a uma queda nas vendas do varejo e serviços.
Esta foi a última reunião do Copom sob a presidência de Roberto Campos Neto. Em janeiro, Gabriel Galípolo assumirá o comando do Banco Central.
O aumento da taxa Selic anunciado hoje pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reflete o esforço da autoridade monetária em alinhar as expectativas inflacionárias ao centro da meta, que é de 3,5% com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para 2024. Apesar de ser uma medida técnica para conter a alta generalizada dos preços, a decisão também tem implicações importantes no curto e médio prazo para diversos setores da economia.
Entre os principais impactos esperados, destacam-se:
Além disso, há uma preocupação crescente entre economistas e representantes de setores produtivos sobre o equilíbrio entre a necessidade de controle inflacionário e os custos sociais e econômicos de juros elevados. A decisão do Copom será monitorada de perto, especialmente por seu impacto nas expectativas para 2024 e na gestão da política econômica pelo governo federal.